O exército da Nigéria anunciou nesta segunda-feira (19/08) que o líder do grupo terrorista Boko Haram, Abubakur Shekau, pode ter sido morto por um tiro que o atingiu durante uma emboscada militar em um de seus acampamentos na floresta de Sambisa, no noroeste do país.
Em comunicado emitido em Maiduguri, capital de Borno, o tenente-coronel Sagir Moussa, porta-voz da JTF (sigla em inglês para Força de Ação Conjunta) do exército, informou que a operação aconteceu no dia 30 de junho.
Durante a emboscada, segundo a versão oficial, o líder desta seita radical islâmica foi atingido pelas tropas nigerianas e transportado clandestinamente a um povoado de Camarões para ser atendido, mas “nunca se recuperou”, segundo o comunicado.
O exército acredita que o líder pode ter morrido “entre os dias 25 de julho e 3 de agosto”.
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Segundo Moussa, o vídeo divulgado no último dia 13 pelo grupo terrorista, no qual Shekau aparecia, foi gravado por um suposto “impostor” com a intenção de encorajar seus seguidores a seguir com os ataques.
Na semana passada, o exército anunciou que havia matado o “número dois” do Boko Haram, Momodu Bama (conhecido também como Abu Saad) durante outro ataque no estado de Borno.
O nome deste grupo terrorista significa em línguas locais “a educação não islâmica é pecado”, e seus membros lutam supostamente para impor a sharia (lei islâmica) no país, de maioria muçulmana no norte e preponderância cristã no sul.
Desde 2009, quando a polícia matou o líder Mohamed Youssef, os radicais mantêm uma sangrenta campanha que causou 1,4 mil mortes, segundo a organização de defesa dos direitos humanos HRW (Human Rights Watch), embora o exército da Nigéria garanta que as vítimas sejam mais de três mil.
A HRW, da mesma forma que a AI (Anistia Internacional) e outras organizações pró-direitos humanos, também denunciou vários abusos por parte das forças de segurança da Nigéria.