Ao contrário do esperado, as exportações chinesas caíram a um ritmo menos acentuado em setembro deste ano em relação ao ano passado. O fato sugere uma recuperação em economias no resto do mundo, que voltaram a acelerar suas compras de mercadorias chinesas.
As exportações chinesas totalizaram 115,9 bilhões de dólares mês passado, um volume 15,2% abaixo de setembro do ano passado, mas a menor queda em nove meses. No mesmo período, as importações somaram 103 bilhões de dólares e caíram 3,5%, o menor declínio desde novembro.
A compra recorde de minério de ferro em setembro – 64,6 milhões de toneladas –, motivada por uma retomada do setor imobiliário chinês e uma maior demanda por aço, conteve a queda das importações.
Medidas
Entre janeiro e agosto, as trocas comerciais do país com a União Européia, os Estados Unidos e o Japão caíram, respectivamente, 19,4%, 15,8% e 20,0%.
Nos primeiros nove meses do ano, o superávit comercial do país atingiu 135,5 bilhões de dólares, uma queda de 26% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Nos últimos doze meses, para incentivar suas vendas externas, o governo chinês elevou diversas vezes o desconto do imposto sobre o valor agregado das exportações, aumentou as restituições de impostos e aperfeiçoou os mecanismos de seguro de crédito a exportadores.
Além disso, a ação do Banco Central chinês conteve a alta do yuan frente ao dólar – que encarece os produtos chineses no exterior – desde julho de 2008.
Apesar disso, o vice-ministro do Comércio da China, Zhong Shan, disse recentemente que os exportadores chineses ainda estão enfrentando tempos difíceis.
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