O Procurador Nacional do Peru, José Peláez, declarou nesta terça-feira (05/08) que as exumações dos corpos que pertenciam a agricultores assassinados pelo grupo paramilitar Colina confirmam que houve uma “guerra clandestina” durante o governo do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000).
Segundo Peláez, os peritos estão tentando determinar a identidade dos restos humanos encontrados comparando-os com o DNA de seus familiares. Alguns parentes já reconheceram alguns corpos.
Os cadáveres foram encontrados na semana passada na província de Santa, na região de Ancash, a cerca de 450 quilômetros ao norte de Lima. As vítimas teriam sido mortas em 1992.
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O procurador explicou que é preciso comparar o reconhecimento por parte dos familiares com as versões que foram dadas por membros do grupo Colina, que colaboraram com as autoridades e indicaram a localização dos corpos.
A descoberta, afirmou, confirma “a política de guerra clandestina que se aplicou durante o regime de Fujimori”.
O grupo Colina era integrado por membros do Exército e foi responsabilizado pelo assassinato de cerca de 25 pessoas entre 1991 e 1992, nos episódios conhecidos como o massacre La Cantuta e o de Barrios Altos, respectivamente.
Fujimori cumpre pena de 25 anos por corrupção e violações aos direitos humanos em seu governo, quando o grupo paramilitar foi formado para combater o grupo armado Sendero Luminoso e o MRTA (Movimento Revolucionário Tupac Amaru).
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