Atualizada às 19h15
Em um comunicado divulgado na tarde desta quarta-feira (17/12), as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) anunciaram um cessar-fogo e o fim das hostilidades por tempo indefinido.
Agência Efe
Integrantes da Mesa de Diálogos das FARC em Havana
O cessar-fogo entrará em vigor à meia-noite e um do sábado (20/12). Após uma avaliação dos avanços obtidos até o momento, os insurgentes classificam o atual cenário como “único” e ressaltam que se trata “nem mais, nem menos do agora ou nunca para a paz, reconciliação e irmandade com justiça social”.
De acordo com a organização guerrilheira, o processo deve se transformar em um armistício – acordo formal na qual as partes envolvidas num conflito armado concordam em parar de lutar.
O texto acrescenta ainda que o processo deverá ser acompanhado por observadores da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos), CICR (Comitê Internacional da Cruz Vermelha), além da Frente Ampla pela Paz, da Colômbia.
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A decisão foi tomada após a visita da quinta comissão de vítimas a Havana, como parte das discussões do ponto a respeito do ressarcimento aos impactados pelo conflito. “Em atenção ao caminho definitivo para a paz acompanhado por um processo constituinte”.
No texto, os insurgentes lembram as vítimas provocadas em distintos momentos e por diferentes atores colombianos: “as dos fornos crematórios, a dos massacres e das motosserras e as que repousam em fossas clandestinas; ou as cujos corpos flutuam rio abaixo até desaparecer; as que nunca foram registradas e as vítimas da miséria e da fome”.
A guerrilha também critica o fato de o presidente Juan Manuel Santos ter comemorado, nesta terça-feira (16/12), no Twitter, a morte de nove integrantes no último domingo (14/12).
FF.MM. y Policía en Meta dan de baja 9 integrantes de frentes 7 y 27 de las FARC y capturan 4. Ofensiva continúa. ¡No bajamos la guardia!
— Juan Manuel Santos (@JuanManSantos) December 15, 2014