Há 25 anos, mais de um milhão de pessoas morreram de fome na Etiópia, em uma das maiores crises humanitária já registradas no mundo. Hoje (22), o governo do país africano fez um apelo internacional pedindo ajuda urgente para alimentar 6,2 milhões de pessoas – organizações calculam que sejam 10 milhões os famintos.
O Ministério da Agricultura etíope pediu 121 milhões de dólares de ajuda financeira, porém, o Programa Mundial de Alimentação da ONU (Organização das Nações Unidas) alega precisar de mais de 285 milhões de dólares para possibilitar o envio de comida para a Etiópia nos próximos seis meses.
De acordo com as autoridades, as safras escassas de grãos, prejudicadas pelo clima, agravaram o problema. Em dois dos 12 distritos etíopes, a colheita foi nula. “A seca não precisa significar a fome e a miséria. Se as comunidades têm culturas de irrigação, armazéns de grãos e poços para coleta da água da chuva, eles podem sobreviver”, declarou Penny Lawrence, diretor internacional da agência de ajuda Oxfam.
Segundo dados a organização britânica, em 1992, quando a Etiópia reunia 53 milhões de habitantes, 71% da população era mal nutrida. Em 2009, com 80 milhões de habitantes, o país tem 46% sem alimentos suficientes.
Famine Early Warnings Systems Network
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