O quinto dia da chamada operação Pilar Defensivo foi marcado por bombardeios israelenses contra um centro de imprensa na Faixa de Gaza. Ao menos oito jornalistas que trabalhavam no local ficaram feridos. Segundo agências internacionais, um deles foi obrigado a amputar a perna.
Logo após o ataque, oficiais do Exército de Israel admitiram saber que havia jornalistas estrangeiros no local. No entanto, negam que eles tenham sido o alvo. Por meio de um comunicado, a Associação de Imprensa Estrangeira no Oriente Médio se disse preocupada com o ataque de aeronaves a prédios de veículos de imprensa.
NULL
NULL
Entre os veículos de comunicação que utilizavam o centro atacado por Israel estavam não apenas o canal de TV do grupo de resistência Hamas, mas também a rede Al Quds, a SkyNews e a Arabiya.
O Exército, no entanto, alega que atacou apenas equipamentos como antenas e que manteve todo o restante ileso. A TV Russia Today também anunciou que seu escritório foi danificado. Outra sede bombardeada abriga a audiovisual alemã ARD.
Críticas
A FPA (Associação da Imprensa Estrangeira em Israel, na sigla em inglês) manifestou neste domingo (18/11) sua “preocupação” pelo bombardeio israelense às redações em Gaza.
A associação lembra em comunicado que o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou por unanimidade em 2006 uma resolução de condenação aos “ataques contra jornalistas em situações de conflito”.
O Exército israelense indicou que o bombardeio estava dirigido contra “dois locais da comunicação operacional do Hamas identificados com informação precisa dos serviços de inteligência”.
A Força Aérea lançou um segundo bombardeio contra um edifício “que também era parte da comunicação operacional do Hamas que estava deliberadamente situado no teto do edifício, no qual se encontram os escritórios de vários meios de comunicação internacionais”, acrescentou.