Forças leais ao líder líbio, Muamar Kadafi, recuperaram terreno nesta quarta-feira (16/03) após aviões bombardearem o aeroporto da cidade de Benghazi, reduto das forças rebeldes. O anúncio foi feito pelo coronel líbio Faradj al Feyturi à rede Al Jazeera, do Qatar. Ele confirmou que o bombardeio teve como alvo o aeroporto da cidade.
Ontem, após ofensiva, apoiadores de Kadafi afirmaram terem tomaram o controle da cidade de Ajdabiya, próxima a Benghazi. Entretanto, rebeldes disseram à Al Jazeera que eles têm o controle do local. Nesta terça-feira, as forças de segurança atacaram o local com com artilharia e bombardeios aéreos.
A versão de um correspondente da Al Jazeera é de que as tropas conseguiram alcançar alguns bairros periféricos da cidade, enquanto os rebeldes recuaram para o centro urbano, segundo um correspondente do canal de televisão.
ONU
Hoje, o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) continua a discutir a proposta apresentada pela França, Inglaterra e Líbano para impor uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia, além de novas sanções. Com a medida, o espaço aéreo líbio passa a ser supervisionado por forças estrangeiras, impedindo eventuais ataques pelo ar.
Alguns membros do conselho, como a Rússia, que tem poder de veto por ser um integrante permanente do órgão, mostram-se céticos em relação ao conteúdo da resolução, levantando dúvidas em particular quanto à forma de imposição da zona de exclusão aérea.
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Saif al Islam, filho de Kadafi, disse que, embora o Conselho de Segurança tenha aprovado o pedido da Liga Árabe de debater a aplicação de uma zona de exclusão aérea, será “muito tarde porque em 48 horas tudo terá terminado”.
“As operações militares terminaram”, disse em entrevista exclusiva concedida ao canal Euronews o segundo filho de Gaddafi, segundo o qual os rebeldes “já estão fugindo”.
No trecho antecipado pela emissora, que transmitirá a íntegra da entrevista na noite desta quarta-feira, Saif al Islam indicou que “há multidões tentando chegar à fronteira com o Egito”.
França
Saif afirmou também que seu pai financiou a campanha eleitoral do presidente francês, Nicolas Sarkozy, e pediu ao governante europeu que devolva esse dinheiro porque ele “decepcionou” a população líbia.
“A primeira coisa que peço a esse 'palhaço' é que devolva o dinheiro aos líbios. Demos essa ajuda para que agisse em favor do povo líbio, mas ele nos decepcionou”, declarou Saif à Euronews.
“Fomos nós que financiamos sua campanha. Temos todos os detalhes e estamos prontos para revelá-los”, declarou o filho de Kadafi.
Alerta
Kadafi, por sua vez, chamou os adversários políticos de “ratos” e disse que o Ocidente quer “roubar” o petróleo líbio. As afirmações foram feitas ontem (15/03) durante discurso para simpatizantes, em Trípoli, a capital líbia, ainda sob poder do governo.
O líder líbio negou que em 30 dias de confrontos entre forças leais ao governo e oposição cerca de mil pessoas tenham morrido, como afirmam as organizações não governamentais.
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