O governo francês informou nesta terça-feira (22/6) que, na linha do anunciado pela Alemanha e Reino Unido, vai criar um imposto que taxará os bancos para cobrir as despesas das intervenções públicas para salvar o sistema financeiro, e que os três países esperam que o plano se amplie para todo o G20 (bloco de países ricos e emergentes).
“Os governos francês, britânico e alemão propõem a instauração de encargos sobre os bancos baseados em seu balanço”, afirma uma declaração comum divulgada pelo Ministério de Economia da França.
Os três países ratificam que estão decididos a aplicar “um programa ambicioso de reforma do setor financeiro definido pelo G20 em todos seus aspectos e comemoram a perspectiva de debater” esta questão com o resto dos participantes do bloco, na cúpula que será realizada em Toronto na próxima quinta-feira (1/7).
Os detalhes da nova taxa francesa sobre o setor bancário serão divulgados assim que o projeto de lei de orçamentos de 2010 for apresentado, a partir de setembro.
A Alemanha foi o primeiro dos três a anunciar, no final de março, a criação de um novo imposto sobre os bancos, que será concretizado em um texto em meados do meio deste ano. Já o Reino Unido divulgou também nesta quinta-feira a futura taxa bancária, aproveitando a apresentação do orçamento.
Nos três casos o objetivo é, segundo o comunicado do Executivo francês, “garantir que as entidades bancárias contribuam à altura dos riscos que representam para o sistema financeiro e a economia em geral e incitá-las a fazer os ajustes necessários em seus balanços para reduzir esses riscos”.
As modalidades das taxas podem variar – acrescenta o comunicado – “em função do contexto do regime fiscal de cada país, mas o nível de encargo levará em conta, em todos os casos, a necessidade de garantir condições justas”.
Também com vistas à cúpula do G20, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, insistiram em seu desejo de conseguir “um acordo internacional para instaurar um imposto ou uma taxa sobre as instituições financeiras”.
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