Laurent Gbagbo fez neste sábado (09/04), diretamente do bunker onde está entrincheirado, um apelo ao povo marfinense “à resistência para impedir mais este golpe”, em referência às pressões às quais têm sido submetidas as tropas do presidente eleito, Alassane Ouattara.
Em comunicado divulgado neste sábado em Abidjan e assinado por seu porta-voz, Ahoua Don Mello, Gbagbo pediu aos marfinenses que sigam lutando “pela libertação da Costa do Marfim e da África”, e manifestou seu pesar pelo “sofrimento imposto por Ouattara e seus terroristas” ao povo do país africano.
Além disso, expressou “a firme convicção de que uma Costa do Marfim gloriosa, orgulhosa e próspera renascerá dos escombros”.
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Quanto a seu oponente, Gbagbo afirmou: “Ele não foi eleito pelo povo marfinense, nem investido pelo Conselho Constitucional. Também não prestou juramento. Por consequência, todas suas decisões são nulas e carecem de validade”.
Gbagbo também se referiu aos supostos massacres registrados no oeste do país e denunciados por várias organizações internacionais, que teriam tirado centenas de vidas, e os qualificou de “barbárie sem limite” e de “verdadeiro genocídio” executado por seu rival.
A atual crise marfinense começou depois do segundo turno das eleições presidenciais, em 28 de novembro, quando Gbagbo, presidente da Costa do Marfim desde 2000, se negou a admitir sua derrota frente a Ouattara e a ceder o poder, apesar da forte pressão internacional para que abandone a Presidência.
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