O diálogo entre as delegações reunidas na Costa Rica fracassou em encontrar uma solução para a crise política em Honduras, depois que o grupo golpista liderado por Roberto Micheletti rejeitou a proposta apresentada no sábado pelo mediador, o presidente costarriquenho Oscar Arias.
O ponto que provocou a suspensão das conversas foi o eixo do plano formulado por Arias, que pedia o retorno do presidente deposto Manuel Zelaya ao poder e a formação de um governo de coalizão e união nacional.
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O atual chanceler de Honduras, Carlos López, declarou à imprensa após o fim da reunião na casa de Arias que se desculpava com o mediador, mas que sua proposta era “inaceitável, especialmente em seu ponto principal”.
“Sinto muito, mas as propostas em que o senhor insistiu são inaceitáveis para o governo constitucional de Honduras que eu represento”, disse perante a imprensa.
López reiterou que a administração de Roberto Micheletti “representa a vontade geral, toda a institucionalidade jurídica e exerce o controle pacífico em todo o território”.
Arias lamentou que não se tenha chegado a um bom termo e lembrou que a delegação que representa Zelaya “aceitou integralmente” sua proposta, o que não ocorreu com a de Micheletti.
Esperança
O mediador afirmou que nos próximos três dias, ainda na Costa Rica, tentará convencer Micheletti a aceitar sua proposta de sete pontos e que seja alcançada uma solução pacífica para a crise, iniciado em 28 de junho passado.
Arias manifestou seu temor de que, caso não se chegue a uma saída para a crise na mesa do diálogo, seja gerada uma guerra civil e “um derramamento de sangue” em Honduras.
A ex-ministra de Energia e líder da delegação de Zelaya em San José, Rixi Moncada, lamentou a “intransigência do governo de fato”.
Moncada ressaltou que sua delegação aceitou “de boa fé” o processo de diálogo e que apesar da recusa da comitiva de Micheletti, mantém sua disponibilidade diante das ações do mediador.
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