O governo do Bahrein afirmou tentou justificar a repressão do exército e a polícia contra manifestantes ocorrida nesta quinta-feira (17/02) alegando “a preservação da segurança” e o temor de que os protestos criem divisões sectárias no país entre sunitas e xiitas.
As manifestações agitam o país desde segunda-feira passada e já provocaram ao menos quatro mortes, segundo ativistas de direitos humanos.
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“Corremos o risco de que haja uma polarização entre xiitas e sunitas. É muito perigoso”, afirmou o ministro de Relações Exteriores do país, Khalid Al Khalifa, em entrevista coletiva posterior a uma reunião extraordinária de chefes da diplomacia dos países do Golfo Pérsico. “O país não pode ser dividido sobre bases sectárias”, ressaltou.
Al Khalifa ressaltou que a violência teve início nesta madrugada quando as forças de segurança, apoiadas por unidades do exército, tentaram esvaziar a praça Lulu, localizada na região central da capital Manama, onde milhares de manifestantes estavam concentrados desde a noite de terça-feira.
O Ministério da Saúde confirmou apenas três mortes e admitiu a ocorrência de cerca de 200 feridos.
O ministro negou que o Exército tenha disparado contra os manifestantes. “O Exército não apontou armas contra os cidadãos. O Exército existe para preservar as conquistas do povo”, declarou Al Khalifa.
O chanceler também negou versões que diziam que a Arábia Saudita teria enviado soldados para apoiar as Forças Armadas do Bahrein: “Não chegou nenhum exército de nenhum país do Golfo Pérsico”. Ele acrescentou que as mortes dos manifestantes “causaram um trauma em todo o povo” e que, até agora, o Bahrein teve sucesso em manter a convivência entre xiitas e sunitas.
Cerca de 70% da população do pequeno arquipélago que forma o país é xiita, mas a dinastia que comanda o país é de origem sunita.
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