Quarta-feira, 11 de junho de 2025
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O governo francês apresentou, nesta quarta-feira (25/02), um plano para favorecer o diálogo com a comunidade muçulmana no país e prevenir atos islamofóbicos, em aumento desde os atentados de princípios de janeiro em Paris.

O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, especificou que um dos principais objetivos é a prevenção das violência a comunidade muçulmana, que conta com cerca de quatro milhões de membros.

Agência Efe

Ataque à Charlie Hebdo gerou ampla comoção na França

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Cazeneuve comunicou a criação de uma instância de diálogo com o fim de melhorar o intercâmbio entre as instâncias governamentais e as instituições que representam a coletividade islâmica.

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A iniciativa, apresentada nesta quarta, no Conselho de ministros semanal, contempla duas reuniões anuais do premiê francês, Manuel Valls, com organismos e representantes da comunidade muçulmana francesa, explicou Cazeneuve à imprensa.

Entre os temas que serão trabalhados estão a formação dos ímãs (sacerdotes), a melhoria da representação do islã e a garantia da segurança dos lugares de culto, como enfatizou o titular do Interior.

Cazeneuve acrescentou que serão implementadas medidas para conseguir um melhor conhecimento e difusão de tudo o que for relacionado a essa cultura.

O CCIF (Coletivo contra a islamofobia na França), reportou recentemente que os atos islamofóbicos aumentaram 70% no mês decorrido depois do ataque contra a revista satírica Charlie Hebdo, perpetrado em 7 de janeiro.

O Coletivo contra a islamofobia na França afirmou que atos islamofóbicos aumentaram 70% após ataque contra a revista satírica Charlie Hebdo, perpetrado em 7 de janeiro

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Neste período, apenas em ataques contra mesquitas ou lugares de culto, foram contabilizados 33 casos.

Ao todo, foram registrados 153 atos. Durante todo o ano 2014, notificaram-se 133 fatos.

“A situação desde os atentados não é mais que o espelho aumentado do que ocorria antes. Registram-se o mesmo tipo de atos, mas de forma mais violenta e mais frequente”, assinalou o CCIF.

O Observatório Nacional contra a Islamofobia opina que a situação é inadmissível. “Pedimos aos poderes públicos que, para além dos discursos tranquilizadores, passem aos atos para pôr fim a esta praga”, enfatizou.