O governo golpista de Honduras adiou hoje (9) a visita da missão de chanceleres da OEA (Organização dos Estados Americanos) que prevê se informar sobre a crise política do país, em rejeição à presença na mesma do titular do órgão, José Miguel Insulza.
A “intransigência” de Insulza em fazer parte da missão e de excluir desta países abertos a que se reconsidere a suspensão de Honduras da OEA “tornou impossível que se convenha a reunião na data prevista”, segundo um comunicado divulgado pela chancelaria hondurenha.
A delegação da OEA, formada por seis chanceleres e funcionários do organismo, deveria chegar a Tegucigalpa na terça-feira (11), mas o governo golpista de Roberto Micheletti disse que a receberá em outra data, se Insulza não estiver presente.
O governo “mantém toda a flexibilidade para convir uma nova data da visita da missão de chanceleres dentro da mediação, aos quais lhes será dada toda a segurança e atenções que merecem, excluindo da missão o senhor José Miguel Insulza, que poderá ser substituído pelo secretário-geral adjunto ou por outros funcionários da OEA”, acrescentou a Chancelaria.
Ressaltou que, “a princípio, a missão de chanceleres não incluía o secretário-geral, diante de sua falta de objetividade, imparcialidade e profissionalismo no exercício de suas funções”.
Essa atitude de Insulza, segundo a Chancelaria hondurenha, “levou a prejuízos sérios para a democracia, a República de Honduras e a própria organização regional, ao extremo de que seu relatório apresentado à Assembleia Geral Extraordinária tenha sido desqualificado” a favor de outra proposta.
“A intransigência do secretário-geral de insistir em integrar ele mesmo a missão e de excluir Estados-membros que votaram pela suspensão, mas que têm uma atitude de abertura a reconsiderar o caso de Honduras, tornou impossível que se convenha a reunião na data prevista”, especificou.
A OEA suspendeu Honduras do organismo em 4 de julho, após conhecer um relatório de Insulza de que o governo golpista hondurenho é considerado “parcializado”, por não reinstalar o deposto presidente Manuel Zelaya, retirado de seu país pelos militares em 28 de junho, mesmo dia em que Micheletti foi designado pelo Parlamento para substituí-lo.
O presidente da Costa Rica, Oscar Arias, é mediador em um diálogo que busca resolver o conflito político e que gira ao redor de uma proposta cujo principal ponto é o retorno de Zelaya.
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