Um governo técnico, formado em sua maioria por juristas e economistas e liderado pelo diplomata Marin Raykov, tomará nesta quarta-feira (12/03), as rédeas da Bulgária até as eleições de 12 de maio.
O presidente búlgaro, Rosen Plevneliev, designou hoje Raykov, até então embaixador da Bulgária em Paris, primeiro-ministro interino, em substituição do chefe do Executivo conservador, Boiko Borisov.
“O governo tecnocrata trabalhará para criar confiança nas instituições, para fortalecer a transparência e o controle popular, e garantirá eleições livres e democráticas”, afirmou o presidente em uma coletiva de imprensa.
Plevneliev assegurou que a queda do Executivo de Borisov no final de fevereiro passado se deveu à “crise social” devido à baixa receita, perante uma situação de aumento do custo de vida e um crescente índice de desemprego.
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O gabinete tecnocrata “criará políticas, mas não se politizará, servirá à população e não às elites políticas”, concentrará seus esforços em “garantir a eficiência dos reguladores” nos setores da energia, da saúde e do transporte e limitará “as influências nocivas dos monopólios”, destacou o presidente.
Com essas palavras, o chefe do Estado reconheceu que devem ser corrigir alguns aspectos criticados pelos manifestantes nos grandes protestos que forçaram a renúncia do governo anterior.
As manifestações se iniciaram em janeiro pelos altos preços da eletricidade e o efeito negativo dos monopólios, e posteriormente se dirigiram também contra toda a classe política.
Na Bulgária existe um crescente ressentimento contra a classe política, por não terem se cumprido as promessas de prosperidade após a entrada do país na União Europeia em 2007.