Os governos do México e dos Estados Unidos firmaram um acordo pela criação de um grupo binacional que atuará na redução da demanda de drogas nos dois países. A decisão foi tomada durante a 9ª Conferência Binacional sobre Redução da Demanda de Drogas. Ambas as nações assinaram um memorando de entendimento para o intercâmbio de informações científicas acerca do tema.
O diretor do Escritório de Controle de Drogas dos Estados Unidos, David Mineta, considerou que a criação do grupo “é um passo muito significativo, resultado de muitos anos de trabalho conjunto”.
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Segundo ele, com o grupo se pretende “mostrar que o tratamento em relação ao consumo de drogas pode ter sucesso sempre e quando realizado de maneira adequada”. Esta decisão, para Mineta, ainda demonstra que “o compromisso de colaboração entre os dois países está no mais alto nível”.
De acordo com o titular do Conselho Nacional Contra a Dependência, Carlos Tena Tamayo, no México há cerca de 450 mil dependentes químicos. Uma cifra que, segundo ele, é mínima diante dos 112 milhões de habitantes e, portanto, não representa um grave problema de consumo.
Tamayo ainda declarou confiar nos tratamentos realizados com os dependentes, mas fez a ressalva de que eles “devem se basear em critérios científicos”. Além disso, ele afirmou que é necessário “superar os obstáculos morais que estigmatizam os consumidores e dificultam sua recuperação”.
O México enfrenta uma onda de violência devido à atuação de grupos de narcotráfico em todo o país, principalmente nas zonas fronteiriça com os Estados Unidos.
Cerca de 35 mil pessoas morreram no México desde que Felipe Calderón assumiu a Presidência do país, em dezembro de 2006, e adotou uma política de repressão ao crime organizado.
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