A emissora de rádio e televisão grega ERT voltou ao ar nesta quinta-feira (11/06), em meio ao impasse entre Atenas e credores europeus pela prorrogação de resgate financeiro para resolver a crise de liquidez do país.
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Foto de junho de 2013 mostra sede da ERT tem faixas em manifestação contra seu fechamento e contra austeridade
A decisão de reabertura ocorre dois anos após o governo anterior — encabeçado pelo então primeiro-ministro conservador Andonis Samaras — ter decidido fechar a cadeia pública sob a justificativa de gastos excessivos e como parte do pacote de medidas de austeridade.
Nesta manhã, a ERT estreou um talk-show em que os jornalistas comemoraram o retorno, uma espécie de símbolo de otimismo face à crise econômica grega. “É um dia especial para todos os gregos, para os amantes da Grécia e para os amantes da liberdade de informação”, declarou no início do programa o apresentador Nikos Aggelidis, citado pelo El Pais.
A reabertura da emissora era uma das prioridades do atual premiê, Alexis Tsipras, à frente do partido de esquerda Syriza, que desde janeiro tomou as rédeas do governo. Para a legenda progressista, a volta da ERT é “uma grande vitória para a democracia”.
EFE
Tsipras havia prometido a reabertura da ERT durante campanha eleitoral
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A meta é que toda a antiga equipe de 2.600 pessoas — incluindo 600 jornalistas — seja readmitida, com um custo de 30 milhões de euros por ano. Segundo o Ministério da Informação da Grécia, até o momento 1.600 solicitaram a reincorporação, reportou a AFP.
Na época de Samaras, a emissora pública apresentava um gasto de até 300 milhões de euros anualmente e, com o seu fim, o ex-chefe de Governo substituiu a ERT por outra bem menor, chamada Nerit, mas que não conquistou a simpatia dos gregos.
Quando o veículo público fechou as portas, em junho de 2013, a população chegou a se manifestar em frente à sede da emissora contra a medida. Embora parte da sociedade civil acreditasse que a cadeia representava um desperdício de recursos, muitos ficaram em choque à época.