Um relatório da OEA (Organização dos Estados Americanos) sobre o resultado das últimas eleições presidenciais do Haiti, realizadas em 28 de novembro de 2010 e revisados pelo organismo, defende o segundo lugar ao cantor e candidato Michel Martelly, em detrimento do governista Jude Celestin.
Os resultados oficiais do primeiro turno deram a vitória a Manigat com
31,37% dos votos contra 22,48% do candidato governista,
deixando Martelly em terceiro, com 21,84%.
Caso as autoridades eleitorais haitianas aceitem o relatório, a ex-primeira-dama Mirlande Manigat, vencedora do primeiro turno, disputaria o segundo turno com Martelly, deixando de fora Celestin, que tinha sido declarado como segundo colocado na apuração oficial.
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Os técnicos da comissão de verificação da OEA outorgam uma vantagem de aproximadamente três mil votos a Martelly sobre Celestin após tirar de ambos, devido às manipulações detectadas, parte dos votos que a apuração oficial lhes outorgou. No caso de Manigat, o número de votos se manteve inalterado, informou à Agência Efe uma fonte diplomática.
Após a divulgação dos resultados oficiais, uma onda de violentos protestos eclodiu no país, onde morreram quatro pessoas em incidentes e distúrbios, o que, somado à pressão da comunidade internacional, levou o governo haitiano a aceitar a revisão dos resultados efetuada pela OEA.
O Conselho Eleitoral Provisório (CEP) espera agora que o relatório seja comunicado oficialmente antes de decidir uma próxima etapa no processo eleitoral, cujo segundo turno estava inicialmente fixado para 16 de janeiro, mas as autoridades já descartaram esta data. O diretor-geral do CEP, Pierre Louis Opont, disse na quarta-feira passada que o segundo turno poderia acontecer em fevereiro.
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A fonte indicou que, caso que as autoridades não aceitem as recomendações da OEA, poderia haver novos protestos. Mas, segundo ela, se o relatório for amparado pelo CEP, os eleitores governistas vão apoiar Manigat no segundo turno.
Uma fonte da candidatura de Martelly disse à Efe que desconhece o relatório da comissão da OEA e não quis fazer comentários sobre o assunto. “Por enquanto não temos uma resposta. Devemos esperar, porque a informação não é oficial. Estamos à espera de conhecer o pronunciamento da OEA e do CEP”, declarou essa fonte.
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