O primeiro-ministro em fim de mandato do Líbano, Saad Hariri, afirmou hoje (24/01) que não participará de um governo de unidade nacional liderado pelo movimento xiita Hezbollah. O grupo, por sua vez, disse apoiar o ex-primeiro-ministro Najib Mikati como novo chefe de Governo, no lugar de Hariri.
Um grupo de 11 ministros Hezbollah, num universo de 30 que compõem o governo libanês, anunciou a renúncia em 12 de janeiro, em protesto contra a recusa de Hariri em desprezar os trabalhos de um tribunal especial apoiado pela ONU (Organização das Nações Unidas) que investiga o assassinato de seu pai, o ex-primeiro-ministro Rafik Hariri, em 14 de fevereiro de 2005.
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O assassinato de Hariri, pai do chefe de Governo e uma das principais figuras políticas do país, marcou a recente história do Líbano e segue gerando tensões por ainda não ter identificado os autores. Informações prévias sobre as investigações apontam a possibilidade da participação de militantes do Hezbollah no crime, mas o grupo negou qualquer vinculação e diz que Israel pode estar por trás do assassinato.
Hoje, Hariri fez o anúncio em comunicado antes de se reunir com o presidente Michel Suleiman, como parte das consultas políticas do chefe de Estado para a formação de um novo gabinete. No comunicado, Hariri afirmou que a sua coligação, que venceu as eleições parlamentares de 7 de Junho de 2009, mantém a sua candidatura para permanecer no cargo.
O anúncio do primeiro-ministro em fim de mandato foi divulgado depois de Mikati se oferecer para ocupar o cargo, uma candidatura que conta com o apoio da coligação liderada pelo Hezbollah.
Hariri, no entanto, negou que exista um “candidato por consenso” e insistiu que nem o seu grupo político, nem os seus aliados participarão de um governo liderado pelo Hezbollah.
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