Atualizado em 07/12 às 02h16
Lilian Tintori – espécie de relações públicas da oposição – e esposa do político que se encontra detido desde o ano passado, Leopoldo López, disse, logo após votar, que “hoje começa a mudança”. E afirmou: “nós somos democratas. Eles é que não são democratas. Hoje somos maioria e nada nem ninguém pode contra essa realidade. Por isso é importante que estejamos vigilantes e defendamos a democracia”.
O tom de vitória foi algo comum nas declarações dos integrantes da MUD (Mesa da Unidade Democrática). Quando questionada pelo jornal ABC sobre a eventualidade de o chavismo não reconhecer os resultados eleitorais, Tintori ressaltou: “esperamos que não tenhamos que sair às ruas, mas se necessário o faremos. Além disso, é um direito legítimo que nos outorga a Constituição”.
Agência Efe
Lilian Tintori foi às urnas votar neste domingo
O governador do Estado de Miranda e ex-candidato à presidência, Henrique Capriles, fez diversos chamados em seu Twitter para que os venezuelanos acompanhem o processo eleitoral. “Não esqueçamos, Venezuela sempre valerá a pena, sempre!”. E, diante do adiamento do fechamento dos centros de votação em uma hora, Capriles pediu que os eleitores da MUD verifiquem seus centros para verificar se eles já foram fechados.
Já a ex-deputada Maria Corina Machado, que votou acompanhada pelos ex-presidentes convidados pela MUD para observar o processo – e que tiveram as credenciais suspensas pelo CNE – afirmou que “a Venezuela está fazendo história”. “Elegemos muito mais que o novo Parlamento. O número de deputados definirá o destino da Assembleia Nacional; o voto definirá o destino de Maduro e seu regime”.
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Nesse mesmo sentido, da prisão onde está desde fevereiro de 2014, López ressaltou, em entrevista ao jornal El Mundo neste sábado (05/12), que, além de votar “temos que defender os votos. Pacificamente, com coragem, firmeza e organização. Não vacilemos em defender a vontade popular”.
Hoy se abren las puertas del cambio y la Libertad para Venezuela! VOTA! pic.twitter.com/07LjS2Oil2
— Lilian Tintori (@liliantintori) 6 dezembro 2015
A entrevista foi concedida por meio da irmã de López, que levou a ele as questões do jornal.
Questionado sobre os rumos da mudança defendida pela oposição, López ressaltou que uma vez no poder, buscarão as alternativas contempladas pela Constituição: “a renúncia do presidente, o referendo revocatório, e emenda constitucional ou a convocação de uma Assembleia Constituinte. Uma vez definida a rota constitucional da mudança, será preciso trabalhar em paralelo e de forma simultânea em dois terrenos: no institucional, mediante a Assembleia Nacional, e no político social em torno da construção de um grande acordo nacional em torno dos temas mais importantes”, sem, no entanto, detalhar quais seriam esses temas.
O advogado do político, Juan Gutiérrez, confirmou, por meio de sua conta no Twitter, que López foi autorizado a votar.
Finamente se recibió información de un funcionario del CNE que a @leopoldolopez SI SE LE PERMITIÓ VOTAR. La incertidumbre es irregular.
— Juan C. Gutiérrez (@juancgutierrezc) 7 dezembro 2015