A Wehrmacht entra em Paris em 14 de junho de 1940 encontrando-a vazia de três quartas partes de seus habitantes. O primeiro ato das tropas ocupantes foi de retirar a bandeira tricolor que drapejava sobre o Ministério da Marinha e hastear a bandeira da cruz gamada no alto do Arco do Triunfo. No dia 17 de junho, o marechal Petain, que acabara de ser nomeado presidente do Conselho de Ministros, assinaria o armistício. A capital francesa seria libertada somente em 25 de agosto de 1944.
A população parisiense que ainda permanecia na cidade foi acordada com alto-falantes amplificando vozes com acentuado sotaque alemão, anunciando que um toque de recolher estava sendo imposto a partir das 8 horas da manhã, enquanto as tropas nazistas invadiam e ocupavam a cidade-luz.
O primeiro-ministro britânico Winston Churchill havia tentado durante dias convencer o governo francês a resistir e não ceder em nome da paz, que os Estados Unidos entrariam na Guerra e viriam em auxílio à França. O primeiro-ministro francês, Paul Reynaud, telegrafou ao presidente Franklin Roosevelt, pedindo ajuda na forma de uma declaração de Guerra à Alemanha, e se isso não fosse possível que enviasse uma ajuda militar necessária. Roosevelt replicou dizendo que os Estados Unidos estavam prontos para enviar material bélico – ele, pessoalmente, mostrou-se disposto que esta promessa fosse tornada pública – mas o Secretário de Estado, Cordell Hull, opôs-se à publicação, sabendo que Hitler, tanto quanto os Aliados, tomariam essa declaração pública de ajuda como um prelúdio a uma declaração formal de guerra. Enquanto o envio de material foi sendo adiado, nenhum compromisso formal e público foi assumido.
Entrementes, os blindados alemães rolavam pelas ruas de Paris. Dois milhões de parisienses já haviam abandonado a cidade e com justa razão. Logo em seguida, a Gestapo, a polícia política de Hitler, começou a agir: prisões, interrogatórios e espionagem estavam na ordem do dia, ao mesmo tempo em que uma gigantesca suástica flamejava sob o Arco do Triunfo.
Enquanto os parisienses que permaneceram na cidade sentiam-se presos e desesperados, os franceses do oeste do país aclamavam as tropas canadenses que avançavam em sua região, oferecendo a possibilidade de uma França livre desde então.
Os Estados Unidos não ficaram completamente parados diante da situação, porém Roosevelt limitou-se a congelar os bens das potências do Eixo, Alemanha e Itália.
Siga o Opera Mundi no Twitter.
NULL
NULL
NULL