Pelo menos 81 pessoas morreram nesta sexta-feira (09/12) após um incêndio em um hospital de Calcutá, no leste da Índia, causado por uma suposta negligência pela falta de medidas de prevenção ao fogo. As autoridades locais classificaram o ocorrido como um “crime imperdoável”.
No início da tarde no horário local, a imprensa da região informava sobre 81 mortos, 78 deles pacientes, em uma apuração que foi elevando o número de óbitos durante o dia conforme eram resgatados os corpos do complexo hospitalar AMRI, no sul de Calcutá.
A chefe do governo regional de Bengala, Mamata Banerjee, chegou às imediações do hospital no meio da manhã e apontou os gerentes do hospital privado como responsáveis pelo incêndio, que começou por volta das 3h madrugada no horário local.
Segundo a rede “NDTV”, a chefe do Executivo de Bengala pediu “a condenação mais dura possível” aos responsáveis, que já tiveram suspensas suas licenças de trabalho.
Mamata anunciou durante à tarde que foram detidos quatro diretores do hospital e dois executivos das empresas proprietárias, os grupos Emami e Shrachi.
Depois de retirados do prédio, os corpos foram transferidos ao hospital público SSKM que, no início da tarde, confirmou a morte de 59 pessoas, enquanto aguardava o fim dos trabalhos de resgate, segundo fontes policiais.
Os responsáveis do Executivo regional reconheceram que as autoridades tinham muitos problemas para identificar os corpos e que iriam mostrar fotos dos mortos para que os familiares ajudassem com o reconhecimento.
Inaugurado em 1996, a imprensa local revelou que o complexo hospitalar não tinha detectores de fumaça, embora três anos atrás tenha sido registrado um incêndio de grandes proporções no local.
Uma pessoa que participou dos trabalhos de resgate relatou à NDTV que houve muitas dificuldades para resgate em meio ao caos.Cerca de 160 pessoas ficaram presas, já que portas e janelas estavam bloqueadas.
Mamata Banerjee teve de acalmar os ânimos de centenas de familiares que lotaram os arredores do hospital desde o início da manhã, observando as dificuldades das equipes de resgate para retirar as vítimas dos sete andares do prédio.
Alguns familiares dos pacientes invadiram a recepção do hospital por causa da falta de informações e da falta de assistência às pessoas que ainda estavam nos andares mais altos do imóvel.
Uma queixa amplamente expressada pelos familiares das vítimas foi o tempo levado pelos bombeiros para chegar ao local. Segundo relatos, as equipes de combate ao fogo somente chegaram entre 2h e 3h depois do início do incêndio.
A demora foi negada a NDTV por um responsável dos bombeiros, para quem as equipes se dirigiram ao hospital assim que foram avisadas e a responsabilidade seria do hospital, por não possuir medidas contra incêndio.
O fogo começou por causas ainda desconhecidas no portão da instituição, um espaço de estacionamento que havia sido transformado em um armazém que abrigava material inflamável.
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