Com reserva de 500 milhões de reais, a Índia planeja fazer investimentos diretos no Brasil, como parte de um plano do governo de alocar recursos no total de 2,5 bilhões de dólares no país. As informações são do Ministério das Relações Exteriores indiano, segundo a BBC Brasil. De acordo com os dados do ministério, dois bilhões de dólares já foram investidos. O restante aguarda destinação, ainda sem prazo.
A América Latina tem entrado cada vez mais no radar do governo indiano. Para a região, o plano de investimento alcança 12 bilhões de dólares. O Brasil aparece no topo da lista. A seguir, está a Venezuela, que deve receber recursos na ordem de 2,1 bilhões. O Ministério das Relações Exteriores indiano quer ampliar o comércio com a América Latina nos próximos dez anos afim de passar dos atuais U16 bilhões para 160 bilhões de dólares.
Leia também:
Câmara aprova acordos com Espanha, Índia e África do Sul
Lula diz que países emergentes definiram plano de atuação comum para o G20
Amorim: Índia, Brasil e África do Sul devem se engajar no processo de paz no Oriente Médio
A secretária de Minas da Índia, Santh Sheela Nair, afirmou que o país precisa acelerar o ritmo de aquisições no exterior. Segundo ela, há oportunidades principalmente na área de mineração e é preciso agir rapidamente, antes que esses ativos desapareçam.
Para Prashanth Nayak, sócio da empresa de consultoria The Jai Group, o segmento de açúcar e álcool também é um forte candidato para receber esses recursos. Em outubro de 2008, o governo indiano adotou uma regra que exige a mistura de 5% de álcool à gasolina vendida.
De acordo com a BBC Brasil, o setor que recebeu mais investimentos do governo indiano no Brasil foi o petrolífero. O interesse se manifestou pela primeira vez em 2006, quando a estatal indiana de petróleo ONGC fechou um acordo para comprar uma participação de 30% da Exxon Mobil em um campo petrolífero da Bacia de Campos (Rio de Janeiro).
Na ocasião, o investimento foi de 1,4 bilhão de dólares. Em 2007, a Petrobras assinou um acordo por meio do qual transferiu à ONGC 15% da participação no Bloco BC-10, no litoral do Espírito Santo, por 170 milhões de dólares.
O diretor financeiro da ONGC, D.K. Sarraf, disse que a meta é que até 2011 a empresa invista seis bilhões de dólares em novas áreas de exploração em mercados estrangeiros e na melhoria de técnicas de extração em campos mais antigos.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL