Reprodução/Telesur
Imagem do discurso em que Juan Manuel Santos divulgou acordo inicial com as FARC, em 4 de setembro
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, afirmou nesta segunda-feira (24/09) que o início das negociações por um acordo de paz no país foi uma iniciativa das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
O contato foi feito pelo então chefe da guerrilha, Guillermo León Sáenz Vargas, conhecido por “Alfonso Cano”, no início do governo de Santos, no segundo semestre de 2010.
“A pessoa que se comunicou comigo foi o número um da guerrilha. No mesmo momento eu disse que estava interessado, se duas condições fossem garantidas: a primeira, que tudo fosse confidencial até que as duas partes decidissem tornar a negociação pública; em segundo lugar, que a guerra continuaria até o fim do processo de diálogo”, afirmou o presidente.
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Alfonso Cano morreu em novembro de 2011, durante uma operação do exército colombiano. Devido à iniciativa do chefe da guerrilha de procurá-lo em busca de paz, Santos classificou a decisão de executar tal operação como “muito dura”.
“Quando soube que tínhamos cercado ele, pensei: regras são regras e por isso tomei a decisão de eliminá-lo”, explicou o presidente.
A próxima etapa do diálogo entre o governo colombiano e as FARC ocorrerá na primeira quinzena de outubro, em Oslo, capital da Noruega.
Plano Colômbia
Ainda nesta segunda-feira, em evento no Kansas (EUA), Santos afirmou que o fim do conflito interno também seria uma vitória norte-americana.
“Será o ápice dos investimentos dos Estados Unidos com o Plano Colômbia. O final desse doloroso capítulo provaria que o Plano Colômbia foi exitoso.”
O Plano Colômbia foi uma iniciativa dos Estados Unidos destinada, oficialmente, a combater o narcotráfico no país sul-americano, mas que também foi voltada a desestruturar as guerrilhas.