Os 48 cidadãos iranianos sequestrados no sábado passado em Damasco estão em bom estado de saúde e não há indícios que algum deles tenha morrido, segundo informou nesta quinta-feira (09/08) a televisão oficial em língua espanhola do Irã, HispanTV.
Esta informação desmente uma declaração do grupo armado rebelde ELS (Exército Livre Sírio), que no domingo passado assegurou que três de seus reféns haviam morrido em um bombardeio governamental nos arredores de Damasco, ao mesmo tempo em que ameaçava matar os outros se não cessasse o ataque.
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“Os contatos estabelecidos para obter informação sobre o destino dos peregrinos (sequestrados) indicam que todos eles estão em bom estado de saúde e não há indícios que alguém tenha morrido”, disse Moytaba Ferdosipur, diplomata iraniano encarregado de Assuntos do Oriente Médio.
Ferdosipur ressaltou os esforços para libertar os reféns, que o Irã afirma serem peregrinos que visitavam um santuário muçulmano xiita próximo ao aeroporto de Damasco, e assinalou que espera a colaboração de Turquia, Catar e Arábia Saudita para conseguir a libertação.
O governo do Irã, o principal aliado do regime de Damasco no Oriente Médio, e algumas autoridades de diferentes âmbitos do país responsabilizaram os Estados Unidos e alguns de seus aliados que respaldam os rebeldes sírios do destino dos prisioneiros, o que ontem causou um protesto “amistoso” do governo de Ancara.
O ELS garante que entre os reféns havia militares do corpo de Guardiões da Revolução do Irã, mas não falou em nenhum momento que estivessem armados. Posteriormente, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Ali Akbar Salehi, reiterou que todos eles eram peregrinos que visitavam centros religiosos xiitas na Síria, mas admitiu que alguns são militares reformados.