Foi prolongado para julho de 2015 o prazo para encerrar o processo de negociação sobre o programa nuclear iraniano. Reunido em Viena nesta segunda-feira (24/11) — data em que vencia o prazo anterior para o fim dos diálogos —, o grupo das seis potências (Estados Unidos, Rússia, China, Alemanha, França e Reino Unido) que dialogam com Teerã decidiu adiar mais uma vez o encerramento dos trabalhos, cujo objetivo é formalizar o acordo que visa garantir que o Irã utilize seu programa nuclear exclusivamente para fins pacíficos, pondo fim a mais de uma década de crise nuclear.
Efe
Representantes diplomáticos das potências do G5+1 e do Irã se reuniram na capital austríaca neste fim de semana para resolver impasse
É segunda vez que o prazo final da resolução do pacto nuclear é adiado neste ano. Em julho, o acordo havia ganhado um acréscimo de quatro meses.
A comunidade internacional acusa Teerã de querer produzir uma bomba atômica, embora o país persa assegure que o programa tem um caráter pacífico, como a geração de energia elétrica para o território nacional.
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Em novembro do ano passado, em Genebra, iranianos e integrantes das seis potências concluíram um acordo transitório de seis meses, durante os quais Teerã prometeu congelar suas atividades nucleares em troca da suspensão de sanções econômicas e do isolamento internacional.
O acordo temporário entrou em vigor em 20 de janeiro e foi supervisionado pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica). Agora, negocia-se um pacto definitivo.
Em virtude dos compromissos de Genebra, o Irã congelou em 20 de janeiro os aspectos mais polêmicos de seu programa nuclear, como as atividades de enriquecimento de urânio acima de 5% e iniciou a destruição de suas reservas de urânio enriquecido a 20%. Este nível indica que um país domina a tecnologia para chegar ao enriquecimento de 90%, necessário para construir uma bomba atômica.
Efe/arquivo
Instalação nuclear na cidade iraniana de Bushehr