O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, rejeitou nesta quarta-feira (25/06) a formação de um governo de salvação nacional como medida para tentar solucionar o atual conflito, como pediram vários partidos políticos do país e parte da comunidade internacional.
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Efe
Maliki faz discurso televisionado nesta quarta: para o premiê xiita, parte da oposição sunita está se unindo aos extremistas do EIIL
“As chamadas para formar um governo de salvação nacional são um golpe contra a Constituição e uma tentativa de eliminar o processo democrático”, denunciou o premiê xiita em discurso na TV local, segundo a Efe. Maliki ainda acrescentou que há forças políticas que querem se unir com os extremistas sunitas do EIIL (Estado Islâmico do Iraque e do Levante), grupo por trás dos ataques que desestabilizaram o país nas últimas semanas.
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Nos últimos dias, diversos partidos políticos iraquianos, tanto sunitas quanto xiitas, pediram a formação do um governo de união nacional que englobe as distintas partes e que diferencie entre as reivindicações legítimas dos sunitas e as ações do EIIL.
Para a oposição, Maliki agravou a situação ao afastar os sunitas moderados que antes combatiam o grupo terrorista al Qaeda. O premiê, por sua vez, advertiu que o país faz frente a “uma feroz ameaça terrorista”. Segundo a Reuters, altos funcionários iraquianos afirmaram que as autoridades querem a saída de Maliki, embora não tenham ainda expressado o desejo publicamente.
Efe
Com a escalada de tensão, Pentágono anunciou que mobilizou 130 membros das forças especiais norte-americanas
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Influência dos EUA no panorama geopolítico
Dois anos e meio depois da retirada das tropas dos Estados Unidos do país, uma equipe de analistas norte-americanos do Pentágono realizou hoje em Bagdá a primeira reunião mista com altos comandantes de operações militares iraquianos para analisar o trabalho em conjunto que será feito nos próximos dias para reforçar a segurança no país árabe.
Na terça (24/06), o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, anunciou que o presidente Barack Obama está “totalmente preparado para usar a força militar para ajudar o governo iraquiano” a combater os militantes sunitas islâmicos, mas não enquanto houver um “vazio de poder” no país.
Kerry viajou para a região com o intuito de convencer líderes regionais a apoiar um poder central em Bagdá. Os norte-americanos consideram que a formação de um novo governo, mais inclusivo, prejudicaria o avanço dos insurgentes sunitas que ameaçam desmembrar o país.
Ainda ontem, o Pentágono anunciou que mobilizou 130 membros das forças especiais ao local, conforme prometido por Obama. Os militares serão responsáveis pela criação de centros de defesa na capital e no norte do país.
Efe
Em reunião realizada ontem com líderes da região autônoma curda do Iraque, Kerry pediu que eles “fiquem ao lado de Bagdá”