O governo de Israel acusou a Venezuela de ter “laços estreitos” com o Hamas pela decisão de expulsar do país o embaixador israelense, Schlomo Cohen, anunciada ontem (6).
Israel disse, em nota, que seguirá defendendo-se dos inimigos, entre eles o Hamas e o Irã, “com os quais a Venezuela tem laços estreitos”. Também pediu à Venezuela que “escolha em que lado está nessa guerra” entre “os que lutam contra o terrorismo e os que o apóiam”. Nos últimos tempos, o governo de Hugo Chávez tem estreitado os laços com Teerã.
“A Venezuela condena mais uma vez o horror da morte de crianças e mulheres inocentes, produto da invasão da Faixa de Gaza por tropas israelenses, e do bombardeio inclemente que, do céu e da terra, o Estado de Israel descarga sistematicamente sobre território palestino”, diz o comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Venezuela.
O texto também “condena taxativamente as flagrantes violações de Direito Internacional do Estado de Israel e denuncia a utilização planificada do terrorismo de Estado, com o qual este país se colocou à margem do Concerto das Nações”.
Hoje, o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, disse que a expulsão do embaixador israelense não deve ser
interpretada como uma atitude anti-semita do governo Hugo Chávez. Leia mais.
Ajuda humanitária do Brasil
O governo brasileiro vai enviar 14 toneladas de alimentos e remédios, como antibióticos, ataduras e instrumentos de primeiros socorros, para a Faixa de Gaza. O destino inicial do carregamento é a Jordânia. De lá, com a ajuda da Organização Jordaniana de Caridade, os mantimentos seguem para Gaza.
Devido à periculosidade do percurso, alguns profissionais já morreram em conseqüência da intensidade dos combates durante o deslocamento, de acordo com a ONU. Os constantes bombardeios dificultam o acesso da população a cuidados médicos básicos.
Pierre Kraehenbuehl, diretor de Operações do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), informou à Agência Brasil que uma das prioridades é garantir assistência médica aos feridos, pois muitos morrem enquanto esperam por ajuda.
A situação já era complicada para a população antes mesmo do início do conflito, devido ao bloqueio e restrições à importação impostos por Israel há cerca de 18 meses.
China e Índia já anunciaram doações em dinheiro: US$ 1milhão cada. O coordenador humanitário da ONU para o território palestino, Maxwell Gaylard, reforçou a importância dessas doações.
“Sem dinheiro, as pessoas não conseguem comida, ainda que ela esteja disponível. A Agência de Obras Públicas e Socorro das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos no Oriente Próximo (UNWRA) fica impossibilitada de pagar seus fornecedores e contratados. Deixa de lado sua equipe, que é essencial para realizar distribuições”, declarou à Agência Brasil.
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