Aviões israelenses bombardearam hoje (10) o sul do território palestino da faixa de Gaza, em represália a disparos de foguetes Qassam que, segundo Israel, atingiram o sul do país. De acordo com o exército israelense, não houve vítimas do bombardeio.
“As operações foram uma resposta a disparos de foguetes contra localidades israelenses ao noroeste do Neguev nos últimos dias”, disse um porta-voz militar. “O Exército israelense continuará atuando firmemente contra todos os que utilizam o terrorismo contra o Estado de Israel. O Hamas é o único responsável pela manutenção da paz e da calma na faixa de Gaza”, completou.
Fontes palestinas citadas pela agência de notícias Efe confirmaram quatro bombardeios consecutivos contra o território palestino. A região mais atingida, dizem, foi a do já destruído Aeroporto Yasser Arafat, que fica a leste da localidade fronteiriça de Rafah.
Testemunhas disseram ter ouvido helicópteros Apache e caças F-16 sobrevoando a área desde a madrugada.
Desde o início do ano, segundo os militares israelense, mais de 20 foguetes disparados a partir de Gaza atingiram o território israelense. Israel culpa os militantes do grupo islâmico radical Hamas, que controlam a faixa de Gaza desde 2007.
O ataque desta quarta-feira foi o segunda de Israel em apenas uma semana.
Guerra
Israel lançou em 27 de dezembro de 2008 uma grande ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza, alegando o objetivo de retaliar o lançamento de foguetes contra o território israelense.
A operação deixou 1,4 mil palestinos mortos – incluindo 960 civis, 239 policiais e 235 militantes. Já as Forças de Defesa israelenses admitiram ter matado 1.370 pessoas, incluindo 309 civis inocentes, entre eles 189 crianças e jovens com menos de 15 anos.
O relatório da missão de inquérito da ONU sobre o conflito em Gaza foi apresentado no ano passado pelo jurista sul-africano Richard Goldstone, que acusou forças israelenses e grupos rebeldes palestinos de terem cometido crimes de guerra durante os conflitos na Faixa de Gaza no começo de 2009.
Hoje o co-autor do relatório, Desmond Travers, afirmou que o Hamas só havia disparados dois mísseis contra Israel antes da ofensiva e que a justificativa de autodefesa israelense era infundada.
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