Pelo menos 166 pessoas morreram e 125 ficaram feriadas depois que uma série de avalanches soterrou veículos que, na segunda-feira (8), passavam próximo a uma montanha no norte do Afeganistão, informou hoje (10) o governo do país.
Até agora, as equipes de resgate recolheram 157 corpos sob a massa de neve que soterrou a passagem de Salang, a principal via que liga Cabul às províncias do norte, disse o porta-voz do Ministério do Interior, Zemarai Bashari, citado pela agência AIP.
S. Sabawoon/EFE
Desde o início das operações de salvamento, mais de 2,5 mli pessoas foram resgatadas com vida, destacou Bashari, que não soube dizer o número exato de pessoas que ainda podem estar presas sob a neve. O Ministério da Saúde Pública informou que 125 pessoas deram entrada nos hospitais, mas o total de feridos pode ser bem maior.
As autoridades preveem que a estrada que leva à passagem de Salang seja reaberta ao tráfego na noite de hoje. Inicialmente, Bashari disse que 400 soldados e membros das equipes de resgate trabalhavam nas buscas por sobreviventes.
Ontem, o presidente afegão, Hamid Karzai, manifestou suas condolências às famílias das vítimas e mandou acelerarem os trabalhos de resgate.
Falta de hospitais
Os hospitais britânicos que recebem os feridos na guerra no Afeganistão estão perto de superar a capacidade de atendimento devido ao elevado número de vítimas, informa hoje o jornal The Guardian. A demanda é tão alta que o Ministério da Defesa espera aumentar o número de leitos no centro de reabilitação na Inglaterra, o Headley Court (ao sul de Londres), de 66 para 96.
O hospital Selly Oak, em Birmingham (centro da Inglaterra), com o qual o Ministério da Defesa tem um contrato para atender a soldados seriamente feridos, pode ser obrigado a deslocar pacientes civis para atender os militares. Já o hospital de campanha no Afeganistão, Camp Bastion, está prestes a superar a capacidade de atendimento.
Desde 2003, mais de 6,9 mil feridos no Iraque e Afeganistão foram transferidos ao Reino Unido para receber tratamento médico. A informação foi publicada depois de o governo advertir que pode haver mais vítimas, já que os quatro mil militares britânicos que estão no Afeganistão se preparam para começar a operação “Moshtarak” (Juntos) com a ajuda de fuzileiros navais americanos e forças afegãs.
O alvo da ofensiva, a maior desde o começo do conflito no Afeganistão em 2001, é a libertação da região de Marjah – no centro da província de Helmand (sul afegão) – dos insurgentes, indica o jornal. Marjah tem uma forte presença dos talibãs e é o centro do comércio do ópio.
O ministro da Defesa do Reino Unido, Bob Ainsworth, advertiu que é um “perigo real” que possa haver mais vítimas mortais nessa operação.
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