O governo de Israel desbloqueou nesta quarta-feira (30/11) a transferência de fundos de cerca de 100 milhões de dólares mensais que o país coletava em nome da ANP (Autoridade Nacional Palestina). Entretanto, o Estado judeu ressaltou que a medida será válida enquanto “os palestinos não voltarem a tomar decisões unilaterais”.
A decisão foi tomada pelos oito ministros mais importantes do governo liderado por Benjamin Netanyahu, segundo um comunicado de seu escritório, “porque os palestinos interromperam suas decisões unilaterais”. A nota se refere aos pedidos dos palestinos a diversos órgãos internacionais, como a Unesco (Fundo das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), para que fossem admitidos como Estado-membro.
“Caso os palestinos tomem novamente medidas como estas, voltaremos a analisar a transferência”, acrescenta o texto.
A verba que será transferida por Israel corresponde aos impostos e taxas alfandegárias coletados de trabalhadores ou sobre mercadorias palestinas durante o mês de outubro em virtude dos protocolos econômicos do processo de paz de Oslo.
Estas verbas representam 56% do orçamento da ANP, e com elas são pagos os salários de mais de 170 mil funcionários em Cisjordânia e Gaza.
Estes fundos constituem um elemento de pressão em poder de Israel, que nos últimos 11 anos interrompeu as transferências em várias ocasiões.
Além da admissão da Palestina como Estado membro de pleno direito na Unesco, Israel também justificou o congelamento dos fundos pelas negociações em andamento entre Fatah – partido do presidente da ANP, Mahmoud Abbas – e o movimento islâmico Hamas para a formação de um governo de transição e a convocação de eleições gerais no dia 4 de maio.
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