As Forças Armadas israelenses se preparam para realizar em um único dia um plano de evacuação forçada de 23 pequenos assentamentos ilegais na Cisjordânia, de acordo com o jornal Haaretz. Segundo a fonte, o plano teria sido aprovado pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e afetaria todos os pequenos assentamentos estabelecidos por colonos judeus em território palestino depois de 2001, que são os reconhecidos como ilegais por Israel. Para a comunidade internacional, todos o são.

Colono judeu discute com fotógrafo palestino perto de assentamento na Cisjordânia. Um grupo protesta desde ontem (20) pela demolição de um enclave pelo Exército israelense – Alaa Badarneh/EFE

A Polícia de Fronteiras, a Polícia e o Exército israelenses teriam feito um exercício conjunto para praticar o plano e treinar o controle dos violentos protestos que este previsivelmente provocaria entre os colonos.

O Exército tenta ocultar todos os detalhes referentes à evacuação, principalmente as datas, já que seus chefes “são conscientes de que muitos soldados se identificam com os colonos e poderiam passar informações aos que se opõem” à saída dos assentamentos, publica o Haaretz.

O porta-voz da Polícia israelense, Miki Rosenfeld, não quis falar à Agência Efe sobre treinamentos específicos para a evacuação de assentamentos e se limitou a dizer que, “nos últimos anos, a Polícia israelense treinou continuamente para enfrentar as desordens públicas”.

Conflito

Nas últimas semanas, a política israelense de expansão de colônias no território palestino ocupado da Cisjordânia foi duramente criticada pelos Estados Unidos, que exigiu a interrupção da construção de assentamentos.

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Ontem (20), colonos israelenses incendiaram 1,5 mil oliveiras de propriedade palestina em uma área ao redor da cidade de Nablus, na Cisjordânia, em resposta à demolição de um enclave que os colonos tinham construído sem autorização.

Indignados com a demolição, os colonos também atiraram pedras contra motoristas palestinos que circulavam na zona. Hoje (21), os protestos continuaram e os colonos tentaram bloquear uma estrada.

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