A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, disse nesta quarta-feira (16/9), em Jerusalém, que israelenses e palestinos “estão seguindo em frente” e abordam os assuntos fundamentais do conflito do Oriente Médio nas atuais conversas de paz.
“Estão seguindo em frente. Começaram a lidar com os assuntos fundamentais que só podem ser resolvidos através de negociações cara a cara”, disse Hillary, pouco antes do início de uma reunião com o presidente de Israel, Shimon Peres, em sua residência oficial.
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A secretária norte-americana se reunirá mais tarde, também em Jerusalém, com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina) Mahmoud Abbas, e tentará fazer com que aproximem posturas sobre o principal empecilho das conversas, os assentamentos judaicos.
A reunião, que acontecerá na residência do primeiro-ministro israelense, acontece duas semanas antes do fim da moratória adotada por Israel em relação às construções de colônias judias na Cisjordânia.
Segundo Hillary, “todos rezamos” por resultados que beneficiem a todo o mundo no diálogo direto iniciado pelas duas partes no início do mês.
Em sua avaliação, tanto israelenses quanto palestinos “compreendem as ramificações e resultados do processo de paz”.
Por sua vez, Peres se mostrou convencido de que as duas partes se beneficiarão caso acelerem o processo.
“Há alguns meses havia muitos que pensavam que não poderíamos passar das conversas indiretas às diretas, e hoje já estamos aqui”, disse o israelense.
“Acho que tanto nós quanto os palestinos sabemos que não há outra alternativa” a não ser negociar, completou.
Hillary deu um efusivo abraço no chefe do Estado judeu quando ele foi recebê-la à entrada de sua residência, e disse a Peres que esperava escutar suas reflexões sobre o processo de paz, já que tinha dedicado sua vida ao futuro e à segurança de Israel.
Após a reunião desta tarde em Jerusalém é esperado o comparecimento perante a imprensa do enviado especial da Casa Branca para o Oriente Médio, o senador George Mitchell.
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