O custo para a rolagem da dívida italiana atingiu nesta quarta-feira (09/11) novo recorde, um dia após o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, anunciar que pretende renunciar ao cargo. Os juros que o país precisa oferecer para vender os títulos de sua dívida ultrapassaram os 7%, nível no qual outros membros da zona do euro como Irlanda, Portugal e Grécia tiveram que recorrer a resgates financeiros externos.
O prêmio de risco italiano, medido a partir do diferencial entre o bônus nacional para dez anos e o alemão de mesmo prazo, chegou nesta quarta às 8h28 (de Brasília) aos 546,2 pontos básicos, recorde histórico na Itália desde a criação do euro. Por meio de um teste de estresse, o Banco da Itália garantiu na semana passada que tem condições de enfrentar uma dívida pública com juros de até 8% durante os próximos dois anos e com a economia estagnada.
A punição do mercado foi estendida, em menor grau, aos títulos da Espanha, outra economia da zona do euro sob a atenção dos investidores. O prêmio de risco excedeu 400 pontos e o rendimento dos títulos negociados em mercados atingiu 5,7%.
Nas bolsas, o sinal negativo foi compartilhado. Na Itália, o FTSE Mib Index perdia 3,75%, aos 15.077,20 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX, caía 1,95%, para 5.845,15 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 depreciava 2,07%, a 3.078,33 pontos. E, em Londres, o índice FTSE 100 recuava 1,53%, a 5.482,33 pontos.
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