O governo do Japão detectou altos níveis de radioatividade em leite e produtos agrícolas perto da usina nuclear de Fukushima, embora tenha assegurado que a contaminação “não representa risco imediato”.
O porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, disse neste sábado que o Executivo tomará as medidas adequadas e não descarta possíveis restrições na distribuição de produtos da região.
Edano precisou que na tarde de sexta-feira se detectou um “alto nível de radiação” em leite produzido em Fukushima, e, neste sábado, em espinafres cultivados na vizinha província de Ibaraki.
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Também foram detectados indícios de iodo radioativo na água de Tóquio e nos arredores da capital, mas com níveis muito abaixo do limite, segundo fontes do Ministério de Ciência do Japão.
A empresa Tepco, que opera a central de Fukushima, cerca de 250 quilômetros ao nordeste de Tóquio, pediu desculpas à população pelos restos de radiação detectados nos alimentos e assinalou que está disposta a assumir a responsabilidade.
O anúncio acontece em meio à preocupação com a possível exposição da população à radioatividade após o acidente nuclear da usina de Fukushima, afetada pelo terremoto e o posterior tsunami do dia 11.
O Ministério da Saúde enviou especialistas a Fukushima e a Ibaraki para que realizem uma investigação no terreno, enquanto as autoridades provinciais estudam quais medidas adotar.
Edano assegurou que o Governo continuará compilando dados sobre os níveis de radiação em alimentos para coordenar suas políticas e evitar que se propaguem rumores que afetem injustamente outros produtores locais.
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