O chefe da diplomacia da Jordânia, Nasser Judeh, rechaçou nesta segunda-feira (28/02) comparações entre as manifestações no país e as demais que ocorrem em outras regiões do Oriente Médio e no Norte da África. Segundo Judeh, os protestos registrados na Jordânia são uma consequência da liberdade de expressão e estão enquadrados nos resultados das mudanças promovidas pelo rei Abdullah. O país passa por uma delicada situação econômica com um déficit orçamentário e elevadas taxas de pobreza e desemprego.
Judah frisou que “as situações não são comparáveis”. “Os protestos na Jordânia são parte da cultura e da liberdade de expressão. Temos protestos há muitos anos contra políticas governamentais”, disse.
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Para o ministro, um aspeto que diferencia a situação na Jordânia do que ocorre na Tunísia, no Egito e na Líbia é o próprio sistema político do país, uma monarquia constitucional. “Há uma grande diferença na Jordânia porque termos o chefe de Estado, o rei, que define a agenda e inicia as reformas e, quando o processo de reformas se desvia, ele volta a colocar no rumo certo”, afirmou, acrescentando que o país elege o Parlamento desde 1928.
Em seguida, Judeh afirmou que a liberdade de expressão e a liberdade de participação existem no país. “Estamos com dificuldades econômicas, sim, e é por isso que se veem manifestações todas as sextas-feiras, mas já acontecia antes. Penso que o que se passa na Jordânia é saudável e não alarmante”.
A recente série de protestos na Jordânia começou em janeiro, mas intensificou-se nas últimas semanas, até com reivindicações políticas. A oposição exige alteração na lei eleitoral e a eleição do primeiro-ministro até agora nomeado pelo rei.
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