O rei da Jordânia, Abdullah II, assegurou que seu país “não participará de nenhuma intervenção militar” na Síria e advertiu que um atraso em conseguir uma solução política para o conflito poderá ter consequências catastróficas, em entrevista publicada nesta quarta-feira no periódico Al Rai.
“A Jordânia não participará de nenhuma intervenção militar porque isso vai de encontro a nossas posturas, princípios e interesses supremos”, afirmou o monarca ao diário pró-governo.
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Essa foi a resposta de Abdullah II a uma pergunta sobre possíveis pressões exercidas pelos países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) – Arábia Saudita, Omã, Catar, Bahrein, Kuwait e Emirados Árabes Unidos – para que a Jordânia adote um papel militar com o objetivo de derrubar o presidente Bashar al-Assad.
Na opinião do monarca, “uma solução política na Síria é a melhor solução, e a condição para seu êxito é a existência de um ambiente árabe e internacional que colabore para tirar o país do estado de crise e deterioração”.
O rei da Jordânia considerou que esse tipo de solução levaria a uma transição política, um processo democrático e uma reconciliação nacional que “ajudaria a pôr fim ao ciclo de violência e concentrar-se no futuro”.
Nesse sentido, alertou que “qualquer atraso ou fracasso em conseguir uma solução política levará a mais complicações no terreno, com consequências catastróficas”.
Por outro lado, Abdullah II louvou a “conquista histórica e estratégica” com o reconhecimento da Autoridade Nacional Palestina (ANP) como Estado observador não membro na ONU. “É o testemunho por parte do mundo sobre a justiça da causa palestina e as graves injustiças históricas infligidas ao povo palestino”, avaliou.