A justiça venezuelana ordenou nesta sexta-feira (18/02) o congelamento dos bens do ex-presidente Carlos Andrés Pérez (1974-1979 e 1989-1993) em seu país e nos Estados Unidos. Em uma audiência de emergência, o juiz Arthur Rothenberg decidiu que o corpo de Pérez, que permanece embalsamado em uma funerária de Miami, seja enterrado em um lugar neutro perante a possibilidade de o julgamento para decidir o local de seu sepultamento se prolongar.
Carolina Pérez Rodríguez, filha do ex-governante com sua esposa Blanca Rodríguez de Pérez, apresentou uma solicitação para que fosse inventariante do patrimônio de seu pai, apesar de em várias ocasiões ter afirmado que sua família só estava interessada em reivindicar “o direito” dele de ser enterrado na Venezuela. Seu pedido, no entanto, foi negado pelo juiz.
O ex-presidente da Venezuela, quem governou o país de 1974 a 1979 e de 1989 a 1993, morreu em 25 de dezembro de ataque cardíaco em Miami e seu corpo está em uma unidade de refrigeração de uma funerária.
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A companheira de Pérez, Cecilia Matos, quem afirma que viveu com ele por mais de 40 anos, planejava sepultá-lo em Miami, mas Blanca reivindicou o corpo para trasladá-lo à Venezuela.
Cecilia Victoria Pérez Matos, uma das duas filhas do ex-governante com Cecilia Matos, pediu ao juiz que negasse a solicitação de Carolina.
“Com isto acho que se está perdendo o ponto principal que é enterrar meu pai com dignidade e respeitar seu desejo de não retornar à Venezuela até que haja democracia. Agora ninguém está falando do enterro”, disse Cecilia à agência espanhola de notícias Efe.
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