O juiza boliviana Yañíquez Betty emitiu uma ordem de prisão domiciliar e proibição de viajar contra o general aposentado Gary Prado Salmon, que capturou Ernesto Che Guevara em 1967, por supostas ligações com terroristas, informou a mídia local neste sábado (22/5).
Segundo a Telesur, o promotor Marcelo Soza acusa o militar aposentado de ter contatos com o húngaro-croata Eduardo Rozsa, marcado pelas autoridades da Bolívia como líder de um grupo de terroristas que planejava assassinar o presidente Evo Morales.
A juíza Betty Yañiquez também ordenou a prisão de Ronald Castedo, suposto presidente da ordem dos Cavaleiros do Oriente e ex-gerente da cooperativa de telefonia Cotas, de Santa Cruz de la Sierra; e de Juan Carlos Santisteban, líder do movimento Falange Socialista Boliviana (FSB).
Os três são acusados de supostos vínculos com um grupo terrorista desarticulado em abril de 2009. Segundo o promotor Marcelo Soza, que investiga o caso, entre os planos dessa organização estava a intenção de assassinar o presidente Evo Morales.
Segundo a Procuradoria, Prado Salmón teria ligações com o boliviano com cidadania húngara e croata Eduardo Rozsa Flores, morto pelas autoridades locais. Na ação do último ano também foram assassinados o irlandês Michael Martin Dwyer e o romeno de origem húngara Arpad Magyarosi. Foram detidos ainda o croata Mario Tadic Astorga e o húngaro Elod Tóaso.
O ex-general admitiu conhecer Rozsa Flores, mas esclareceu que teria conversado com ele sobre a captura de Che, apurou a agência de notícias italiana Ansa. Pelo mesmo caso já havia sido foi determinada a ordem de prisão domiciliar contra o filho do militar, Gary Prado Araúz, que foi candidato a prefeito de Santa Cruz nas últimas eleições, de 4 de abril.
Prado Salmón foi o oficial que capturou ferido, em 8 de outubro de 1967, o guerrilheiro argentino-cubano sudeste da Bolívia. Um dia depois, Che Guevara foi executado. O ex-general ficou paraplégico na década de 1980, após ser atingido por um tiro que danificou sua coluna vertebral.
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