A Justiça da Tunísia determinou nesta quinta-feira (14/04) a abertura de 18 ações contra o ex-presidente do país Zine el Abidine Ben Ali, de 74 anos, e prepara o pedido de extradição. Depois de 23 anos no poder e sob forte pressão popular, Ben Ali renunciou em 14 de janeiro e fugiu com a família para a Arábia Saudita. Mas a Justiça tunisiana quer julgá-lo e apelará por sua extradição.
As informações são da agência pública de notícias de Portugal, Lusa, e da RFI (Rádio França Internacional).
No total, o ex-presidente e seus parentes estão envolvidos em 26 ações judiciais. O ministro da Justiça da Tunísia, Lazhar Karubi Chebbi, disse que Ben Ali é acusado de homicídios, conspiração contra a segurança do Estado e tráfico de drogas, além de violação de direitos humanos.
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O ministro afirmou que uma delegação do governo será enviada à cidade francesa de Lyon, sede da Interpol, para acelerar o cumprimento de alguns desses mandados, como o congelamento de bens. Atualmente, a Tunísia é comandada por um governo de transição.
Recentemente, o governo da Tunísia emitiu um decreto-lei determinando que todos os bens apreendidos, que pertenciam a Ben Ali e seus parentes, sejam transferidos para o Estado.
Chebbi disse que 360 títulos imobiliários que pertenciam aos Ben Ali já são propriedade estatal em decorrência desta lei.
Há dois meses, surgiram informações, sem comprovação oficial, de que Ben Ali, que tem seis filhos, estava internado em coma em um hospital da Arábia Saudita. Há mais de um ano, o ex-presidente enfrentou um tratamento para um câncer na próstata.
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