A Corte Provincial da região de Sucumbíos, no Equador, ratificou a ordem de prisão contra o ex-ministro da Defesa colombiano e candidato governista às eleições presidenciais, Juan Manuel Santos, pelo ataque a guerrilheiros em território equatoriano em março de 2008.O governo colombiano advertiu que não reconhecerá a “jurisdição extraterritorial” do Equador.
A decisão foi tomada pelo juiz Daniel Méndez, que acatou o pedido do Ministério Público local e considerou inválido o recurso apresentado pela Defensoria, que buscava a revogação da ordem de prisão.
Leia também:
Julgamento de colombianos por bombardeios no Equador é arquivado
Colômbia: saudável ascensão de Antanas Mockus, por Antonio Martins
Mockus venceria Santos em segundo turno de eleições colombianas, diz pesquisa
“O que nós buscamos é que a prisão preventiva seja ratificada pela corte provincial de Sucumbíos”, declarou, por sua vez, o procurador Nelson Guamán.
Santos é acusado por autoridades equatorianas de ser um dos autores intelectuais da operação militar contra um acampamento das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), em março de 2008.
A ação deixou 26 mortos, entre eles um dos líderes da guerrilha, Raúl Reyes. Desde então, Quito rompeu as relações diplomáticas com Bogotá.
No final de fevereiro, o juiz Francisco Revelo suspendeu o processo, que foi reaberto no início de abril.
Guamán também confirmou que as declarações dadas por Santos durante a campanha eleitoral colombiana, na qual se disse “muito orgulhoso” de ter comandado a operação militar, serão incluídas no inquérito.
Reação colombiana
Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores de Bogotá destacou que “não reconhece a jurisdição da Justiça equatoriana para investigar e julgar funcionários e ex-funcionários colombianos”.
O governo do presidente Álvaro Uribe também anunciou que “defenderá, com os instrumentos que tiver a seu alcance, todos os funcionários e ex-funcionários colombianos que enfrentam circunstâncias desta natureza” e reiterou que “suas defesa e proteção são responsabilidade do Estado”.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL