Cidadãos que se recusam a trabalhar mesmo com a disponibilidade de vagas de emprego serão obrigados a realizar serviços sociais em São Petersburgo. É o que sugere um projeto de lei “antiparasita” que foi apoiado por legisladores da segunda maior cidade da Rússia e que será submetido à aprovação da Câmara Baixa do Parlamento, de acordo com o veículo local Izvestia.
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Atualmente, ao menos 18 milhões de russos não trabalham sob nenhuma circunstância
Se o texto passar, a noção de trabalho não apenas será um direito para os cidadãos russos na cidade, mas também uma obrigação. Segundo a proposta, se essas mudanças forem de fato postas em prática, aqueles que estiverem abrindo mão de empregos em vagas elegíveis por ao menos seis meses serão punidos com um ano de serviço comunitário.
“O trabalho deve ser considerado uma honra e um importante dever de todos os cidadãos. Atualmente, muitas pessoas veem as liberdades pessoais como um direito ao parasitismo. Nós pedimos o seu apoio à ideia de uma mudança na Constituição como base para futuras modernizações nas leis russas”, diz o projeto de lei.
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Uma vaga elegível é definida quando coincide com as qualificações do trabalhador, seu estado de saúde, as condições salariais em seu último emprego e o acesso ao local via transporte público. Trabalhadores que não trabalhavam com contratos legais também são considerados automaticamente parasitas e serão punidas.
Segundo dados publicados pelo Russia Today, atualmente 48 milhões de russos estão oficialmente empregados, 20 milhões trabalham de forma extraoficial e 18 milhões não trabalham sob nenhuma circunstância.
O parasitismo é um delito punido desde o período das leis soviéticas. Em Belarus, uma legislação intitulada “Prevenindo o parasitismo social” foi instaurada no início deste ano para multar em US$ 240 aqueles que habitam a ex-república soviética e usam sua infraestrutura social sem pagar suas taxas nos últimos seis meses.