O ministro das Relações Exteriores do Líbano, Adnan Mansur, enviou uma carta ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para informar que seu país rejeitou o mapa apresentado por Israel com as fronteiras marítimas entre os dois países.
Segundo informação divulgada nesta segunda-feira (05/09) pela ANN (Agência Nacional de Notícias) libanesa, Mansur disse que o mapa geográfico israelense “viola o direito soberano e econômico das águas regionais”. Segundo o chanceler, a proposta também desrespeita a zona econômica do Líbano e priva o país de 860 quilômetros quadrados em suas fronteiras marítimas. O ministro pediu a Ban que tome as medidas convenientes para evitar um eventual conflito entre as duas nações.
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A descoberta de grandes quantidades de gás natural que, por enquanto, são exploradas por Israel e estão situadas além das fronteiras do Estado judeu, vem gerando disputas na região.
Em 12 de julho, Mansur anunciou que o Líbano “se oporá a qualquer confirmação internacional de uma delimitação unilateral das fronteiras marítimas israelenses, inclusive se emitida pela ONU”.
Ele também advertiu que “nenhuma companhia pode empreender trabalhos de prospecção de gás ou petróleo em zonas marítimas que são objeto de um litígio legal, político e de segurança”.
A fronteira entre Israel e Líbano, terrestre e marítima, nunca foi delimitada porque os dois países estão formalmente em estado de guerra. Entretanto, através da ONU, a delimitação terrestre já havia começado em 2000. A divisa marítima, tanto em relação às águas territoriais como as de exploração econômica, baseia-se em acordos feitos entre Chipre e Líbano, e Chipre e Israel.
Em agosto, o Líbano apresentou à ONU a delimitação de sua fronteira com coordenadas que, segundo Israel, contradizem o acordo que esse país assinou com o Chipre em 2007.
O limite apresentado por Beirute está mais ao sul que o aprovado por Israel, e consiste em uma linha reta entre a fronteira terrestre em Nakura e o ponto de encontro das águas fixadas por Nicósia em seus dois acordos bilaterais com Israel e o Líbano.
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