O líder da extrema-direita italiana, Umberto Bossi, renunciou nesta quinta-feira (05/04) à liderança do seu partido, a Liga Norte, em razão de denúncias de que teria usado dinheiro público para reformar sua mansão e pagar férias para seus filhos.
Wikimedia Commons
Em nota, a legenda, fervorosa defensora do discurso contra a imigração, afirmou que Bossi deixaria o cargo para “melhor defender e proteger a imagem do movimento e da sua família nesta situação delicada”.
A decisão foi anunciada ao final de uma reunião do conselho partidário federal em Milão. O caso deve desestabilizar o partido populista. Também enfraquece uma das principais forças parlamentares contrárias ao programa de austeridade do primeiro-ministro Mario Monti.
Nesta semana, o tesoureiro da Liga Norte, Francesco Belsito, e dois outros dirigentes haviam sido colocados sob investigação por promotores por suspeita de fraude e financiamento partidário ilegal.
Belsito, que deixou o cargo na terça-feira, teria usado verbas partidárias para gastos pessoais dos filhos de Bossi, incluindo viagens, jantares, hospedagens em hotéis e carros caros, além de melhorias na casa do líder.
Bossi, de 70 anos, negou ter usado dinheiro do partido para benefício próprio ou da sua família.
Conhecido por sua retórica ortodoxa e vociferante, Bossi liderava a Liga Norte desde sua fundação, no final da década de 80.
(*) com agências internacionais
NULL
NULL
NULL