A Liga Árabe decidiu neste sábado (12/11) suspender a participação da Síria das atividades da organização, durante uma reunião extraordinária realizada no Cairo entre os ministros das Relações Exteriores do organismo.
Em entrevista coletiva após o encontro, o chanceler do Catar, Hamad bin Jassim al-Thani, anunciou e justificou a suspensão, uma das grandes reivindicações dos opositores ao regime do presidente sírio, Bashar al Assad.
Thani disse que a decisão se deve ao descumprimento do acordo feito entre a Liga e a Síria, que havia se comprometido a acabar com a violência envolvendo forças de segurança e manifestantes civis, que protestam desde março contra o regime de Damasco. “Não houve uma resposta total e imediata da Síria ao plano árabe”.
A Síria, por sua vez, considerou sua suspensão ilegal. O representante do país na associação, Youssef Ahmed, disse que a decisão “infringe o regulamento interno” e acusa a Liga de estar submetida aos Interesses dos Estaos Unidos e do Ocidente.
Com a suspensão da Síria de “todas as organizações dependentes da Liga Árabe”, como estipula a resolução adotada na reunião, cumpre-se uma das principais demandas da oposição ao regime do presidente Bashar al Assad.
Presidente rotativo do Conselho da Liga Árabe e líder do grupo de contato sobre a Síria, Thani indicou que, entre as medidas adotadas neste sábado, está a imposição de sanções econômicas e políticas contra o país.
O chanceler do Catar disse ainda que a Liga Árabe pretende fornecer proteção aos civis sírios para evitar mais vítimas da repressão de Damasco, “em coordenação com as organizações de direitos humanos e a ONU”.
Thani disse que a Liga concordou também em retirar os embaixadores árabes da Síria, mas ressaltou que essa é uma decisão soberana de cada país.
A organização decidiu pedir à oposição síria que se reúna nos próximos três dias no Cairo para analisar sua visão sobre o período de transição política.
Esta resolução, que ficará em vigor até que Damasco cumpra o acordo com a Liga, foi aprovada por 19 dos 22 membros da entidade, com o voto contrário do Líbano e Iêmen e a abstenção do Iraque.
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