O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, está reunido com o Conselho de Ministros do país para discutir o confronto entre policiais e militares ocorrido neste domingo na localidade de Hugua Ñandú, que fica no departamento (estado) de Concepción.
Ontem, a 27ª delegacia de Hugua Ñandú foi atacada a tiros por militares que buscavam a suposta líder do EPP (Exército Popular Paraguaio), Magna Meza.
De acordo com a imprensa paraguaia, a ação militar foi impulsionada por informações passadas por um ex-membro da guerrilha, o qual havia dito que Meza estaria na festa de aniversário de seu filho em Hugua Ñandú.
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O ex-guerrilheiro, cujo nome é Anastacio Rodríguez Silva, destacou ainda que um grupo do EPP iria se refugiar em um posto policial perto do local da festa.
Silva deixou o grupo armado há alguns meses, após ser detido em diversas ocasiões. No entanto, ele mantém contato com a organização, segundo autoridades paraguaias.
O Comandante da Polícia Nacional, José Visitación Giménez, anunciou que dará uma coletiva de imprensa ainda hoje para explicar o acontecimento.
Acredita-se que o objetivo de Silva, ao passar tais informações, seria o de provocar um confronto entre as forças de segurança, principalmente pelo fato de que a festa de aniversário não era do filho de Meza, mas sim, de uma jovem de 15 anos.
Recentemente, o governo do presidente Fernando Lugo apertou o cerco contra EPP, tendo declarado Estado de Exceção em cinco departamentos (estados): Presidente Hayes, San Pedro, Alto Paraguai, Amambay, Concepción, estes três últimos na fronteira com o Brasil.
As autoridades creem que o EPP tenha em seu quadro poucas pessoas [cerca de 100], mas ainda assim seja responsável por sequestros e atentados a órgãos da administração pública, entre outros crimes.
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