O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou hoje (1º/9) as manifestações de policiais e militares do Equador de tentativa de golpe de Estado. Em entrevista coletiva concedida em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, o presidente declarou apoio incondicional ao presidente equatoriano Rafael Correa.
“Rafael Correa é um grande presidente e precisa ser respeitado”, disse Lula a jornalistas. “Vamos apoiá-lo sem restrições”, disse. Segundo Lula, todos os chefes de Estado dos países sul-americanos têm a mesma posição.
Leia mais:
Equador: Correa diz que limpará polícia após rebelião; dois morreram
Galeria de imagens: crise política no Equador
Após reunião da Unasul, Chávez acusa EUA de tentativa de golpe no Equador
Correa é resgatado pelo exército e levado de volta ao palácio presidencial
Lula disse que conversou ontem com o presidente da Venezuela, Hugo Chavéz, e ele também declarou seu apoio ao presidente do Equador. “Todos nós, presidentes democratas, precisamos condenar veementemente essa tentativa de golpe no Equador”, complementou Lula.
“Não existe no mundo ninguém que concorde com golpe. Os golpistas do Equador já devem estar arrependidos da burrice que fizeram”, disse o presidente, segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo.
Lula disse também que pretende falar ainda hoje com Correa. Ontem, Lula tentou falar com o presidente equatoriano, mas não conseguiu pois ele estava no hospital.
Ele disse ainda que pediu para ao embaixador brasileiro no país que fosse ao hospital onde Correa estava internado. Porém, o diplomata não conseguiu chegar ao local.
Mais de 800 militares da tropa da Polícia Nacional do Equador se rebelaram ontem, em Quito, em protesto à suspensão do pagamento de bônus, gratificações e promoções. Eles chegaram a manter o presidente Rafael Correa refém por algumas horas no hospital da polícia de Quito. Ele já foi retirado do local.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL