O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou hoje (11) em Lima a negação das autoridades golpistas de Honduras de conceder salvo-conduto ao presidente deposto Manuel Zelaya, em documento assinado também pelo presidente peruano, Alan García.
Lula, em visita oficial ao Peru, publicou uma declaração conjunta condenando “da forma mais enfática a inaceitável negação, pelas autoridades de facto de Honduras, em completo desacordo com o Direito Internacional, de conceder o salvo-conduto”.
Zelaya planejava viajar para o México para cumprir “esforços para alcançar uma solução pelo diálogo para a crise hondurenha, em conformidade com as resoluções da OEA (Organização dos Estados Americanos)”, diz o texto.
Na quarta-feira, o governo de Roberto Micheletti rejeitou “por improcedência” a solicitação de um salvo-conduto para Zelaya sair da embaixada do Brasil e ir para o México.
Leia mais:
Golpistas em Honduras impedem ida de Zelaya para o México
O secretário-geral da OEA, o chileno José Miguel Insulza, declarou hoje que “ninguém reconheceu nem legitimou o governo de Micheletti”. O Peru é um dos países que reconheceram a legitimidade da eleição de Porfirio Lobo, eleito presidente de Honduras no último dia 29 de novembro, mas não a do governo que assumiu após o golpe de 28 de junho.
“Há países que disseram que vão a reconhecer a eleição, que vão reconhecer o presidente Lobo, mas não há nenhum país que tenha normalizado suas relações ou que tenha declarado que reconhece o governo de facto“, concluiu Insulza.
Enquanto isso, na República Dominicana, foi anunciado que Lobo e Zelaya teriam aceitado reunir-se nos próximos dias no país caribenho para dialogar e resolver a crise do país. Segundo a agência de notícias espanhola EFE, O anúncio foi feito pelo presidente dominicano, Leonel Fernández.
NULL
NULL
NULL