O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta sexta-feira (05/02) que o ex-líder colombiano Álvaro Uribe estaria envolvido em um plano para matá-lo. Segundo ele, o projeto também estaria sendo liderado pelo ex-embaixador norte-americano na OEA (Organização dos Estados Americanos) Roger Noriega e pelo ex-subsecretário dos EUA para a América Latina Otto Reich.
“Uribe está por trás de um plano para me assassinar, é um assassino”, disse, complementando que “há setores da direita em comunicação com ele para isso, porque eles dizem que, se me tiram do caminho, viria o caos e a anarquia”. Maduro afirmou também que paramilitares estariam tentando entrar no país pela região selvática e garantiu ter suficientes elementos que corroborem a denúncia de conspiração.
Agência Efe
Nicolás Maduro disse que a burguesia venezuelana deve “pensar bem” antes de atacá-lo
Segundo ele, também se estão gestando planos para derrocá-lo e que a “burguesia” venezuelana deve “pensar bem”. “Se eles chegassem a me fazer algum dano direto, físico, seria impossível controlar este povo, seria impossível controlar a FANB [Força Armada Nacional Bolivariana], porque nosso povo sairia em milhões nas ruas das cidades para demonstrar sua força e defender a pátria, não tenho dúvidas disso”, afirmou.
Uribe não demorou em responder à declaração, por meio de seu perfil no Twitter: “Para a IMADURA acusação da ditadura DESCABELADA pela fraude e a violência, uma única resposta: que repitam as eleições” escreveu, qualificando o governo de Maduro como uma “ditadura” e ressaltando duas palavras em maiúsculas, em clara referência ao sobrenome do chefe de Estado venezuelano e ao do presidente da Assembleia Nacional do país, Diosdado Cabello.
Maduro já havia acusado Noriega e Reich de planejar um atentado contra a vida de Capriles. A declaração foi ridicularizada pelo opositor. O governo também acusou a “direita salvadorenha” de ter enviado matadores de aluguel para assassiná-lo antes do pleito presidencial de 14 de abril, do qual saiu vitorioso. Segundo o governo, os EUA têm o objetivo de desestabilizar a Venezuela e “promover posteriormente uma intervenção”.
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