O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta quinta-feira (23/03) que quer trabalhar junto ao setor privado para impulsionar a economia do país, mas ressaltou que não permitirá que o povo venezuelano seja prejudicado.
“Me sinto orgulhoso de ser trabalhador. Sou um presidente honesto que quer trabalhar junto aos empresários privados”, declarou o mandatário venezuelano em Caracas, na abertura da Expo Venezuela Potencia 2017. O evento reúne cerca de 400 empresários do setor público, privado e de caráter misto do país e irá debater estratégias para incentivar a produção venezuelana.
“Toda a Venezuela convoca os empresários privados e produtores ao trabalho”, disse Maduro, que pediu apoio para estabelecer uma economia que seja “dinâmica e sustentável”. “Não quero prejudicar ninguém, mas não posso permitir que se prejudique o povo”, afirmou.
Telesur TV
Nicolás Maduro discursa na abertura da Expo Venezuela Potencia 2017, em Caracas
Governo enfrentará ‘consenso da direita’ na região
Maduro também declarou que enfrentará “com firmeza” e “verdade” os governos de direita que concretizem um “consenso” contra seu país, após afirmar que “um grupinho” de países está promovendo um comunicado para afetar a nação sul-americana.
NULL
NULL
“Se chegarem a concretizar o comunicado que estão promovendo, este grupinho de países de direita, governados pela direita lá em Washington, o consenso da direita latino-americana contra a Venezuela, vamos enfrentá-los com firmeza, com clareza e com a verdade”, disse o presidente.
“Depois não se queixem do que vamos dizer destes governos de direita que abandonam seu povo, que acabam com sua educação, sua saúde”, afirmou Maduro, após assinalar que esses governos não são capazes de entender quais são os principais problemas da América.
O governo de Nicolás Maduro tem reiterado que a direita está promovendo uma intervenção na Venezuela, depois que o secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Almagro, pediu em um relatório no dia 14 de março a suspensão da Venezuela da organização se o país não convocar eleições gerais em 30 dias.
Nesta quinta-feira (23/03), fontes diplomáticas de quatro missões na OEA confirmaram à Agência Efe que um grupo de 14 países da organização prepara nestes dias uma declaração que reverbera o informe de Almagro para aumentar a pressão sobre Caracas.
*Com Agência Efe