Mais de 2 mil imigrantes foram resgatados neste sábado (06/06) de pelo menos cinco barcos de madeira do Mar Mediterrâneo eu uma operação conjunta da guarda costeira de alguns países europeus.
As pessoas haviam partido da Líbia em direção à Europa. O Moas (sigla em inglês para Estação de Auxílio a Migrantes em Alto-Mar) afirmou que embarcações da Itália, Irlanda e Alemanha, além de outros países, participaram da operação que acudiu os migrantes.
Agência Efe
Imagem de resgate feito no Mediterrâneo há uma semana: 4.200 pessoas em 24 horas
A guarda costeira italiana, que coordenou os esforços a partir de Roma, não conseguiu, até o momento, confirmar o número de imigrantes resgatados, mas afirmou que pelo menos doze barcos diferentes de imigrantes foram identificados no mar.
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A embarcação italiana Driade, por exemplo, resgatou 560 pessoas, entre as quais havia muitas mulheres e crianças, na operação que durou mais de uma hora, após o barco clandestino ter apresentado problemas mecânicos.
Mediterrêneo: a rota da morte
O Mar Mediterrâneo é uma das principais portas de entrada para o continente europeu e também uma das mais perigosas. Diariamente, barcos com imigrantes sofrem naufrágios e acidentes, provocando a morte de dezenas de pessoas.
Durante os primeiros cinco meses do ano, foram registrados 46,5 mil desembarques desse tipo na Itália — aumento de 12% em relação ao mesmo período do ano passado. O governo italiano prevê que mais de 200 mil pessoas cheguem ao país em 2015.
Há uma série de rotas para se percorrer pelo Mediterrâneo. Uma das mais conhecidas é no Norte da África, pelos enclaves espanhóis de Ceuta e Melila ou pelo Canal da Sicília e pela ilha de Lampedusa, na Itália. Outro caminho tradicional percorre fronteiras de países como Grécia, Turquia e Bulgária.
Na tentativa de chegar a um país mais desenvolvido e fugindo de situações de guerra, perseguições e pobreza, morrem pelo menos oito imigrantes por dia, de acordo com o relatório “Viagens letais” divulgado no fim de 2014 pela OIM (Organização Internacional de Migrações). A maior parte destes é proveniente da África e do Oriente Médio, com a Síria, Líbia e Eritréia.
Em 2014, duas a cada três mortes em rotas de migração registradas pela IOM ocorreram na região do Mediterrâneo, totalizando 3.279 mortos. Comparativamente, a segunda rota mais perigosa, o Golfo de Bengala, na Ásia, vitimou 540 migrantes.